O Santander contratou um escritório de advocacia para investigar denúncia de que um grupo de banqueiros visitou um clube de striptease após um dia de reuniões, bem como pressionou funcionários mais jovens a comparecerem, informou o Financial Times nesta segunda-feira (19).

O incidente ocorreu em fevereiro, depois que a equipe global de mercados de dívida do banco realizou reuniões na sede da instituição no Reino Unido, disse o jornal, citando várias pessoas com conhecimento direto dos eventos.

Um porta-voz do Santander disse que o banco leva “todas as preocupações sobre a conduta dos funcionários extremamente a sério” e segue um “processo rigoroso” para garantir que os fatos sejam estabelecidos e que “as medidas apropriadas sejam tomadas conforme necessário”.

O porta-voz disse ainda que os detalhes estavam sendo tratados “confidencialmente e, como tal, não podemos comentar mais”.

Preocupações sobre a viagem e ao fato de que funcionários juniores tenham se sentido pressionados a comparecer foram levadas ao departamento de compliance do banco por um denunciante interno, informou o jornal.

Em resposta, o Santander contratou o escritório de advocacia norte-americano Gibson Dunn para conduzir uma investigação interna a fim de esclarecer os fatos do incidente.

O escritório de advocacia entrevistou até 15 pessoas envolvidas no caso – incluindo sete pessoas que foram ao clube de striptease – e concluiu que não houve pressão explícita exercida sobre funcionários juniores, segundo o Financial Times, que cita uma pessoa com conhecimento do processo.

O escritório Gibson Dunn não estava imediatamente disponível para comentar.

 

Publicada originalmente no g1

Publicado na CompliancePME em 28 de setembro de 2022