O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda (25) que está discutindo uma série de medidas para “ampliar a eficiência” das empresas estatais federais e melhorar a governança corporativa.

O anúncio ocorreu através de uma curta nota divulgada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) em que diz que não alterará a Lei das Estatais e nem a regulamentação.

“O governo está discutindo um conjunto de medidas que tem como objetivo modernizar e ampliar a eficiência das empresas estatais federais, preservando sua autonomia e alinhando-as às melhores práticas de governança corporativa”, afirmou.

Embora não detalhe como está sendo essa discussão e nem quais empresas estão na mira, apurações apontam que já há encaminhamentos de medidas para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e Dataprev – voltada ao processamento de dados principalmente da Previdência Social e programas sociais.

Também já podem estar incluídas nas medidas a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec).

Entre as possibilidades estudadas pelo governo é permitir que as estatais federais contratem recursos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), assim como já ocorre com a Usina Nuclear de Angra 3.

O Congresso definiu os itens que serão sobretaxados pelo “imposto do pecado”. A lista inclui álcool, fumo, apostas, carros, bebidas açucaradas e outros. Qual a sua opinião?

Concordo com o “imposto do pecado”. O governo e o Congresso devem desestimular o consumo de certos produtos e serviços, e a taxação é uma boa opção para isso

O consumo de certos produtos e serviços deve se desincentivado, mas não por meio de impostos, e sim por campanhas educativas ou outras ações

Não é função do governo e do Congresso estimular ou desestimular o consumo disto ou daquilo. Cada um deve ser livre para escolher, sem pagar a mais por suas opções

A Lei das Estatais é um conjunto de normas jurídicas que regulamenta as empresas públicas e as sociedades de economia mista, estabelecendo regras para a governança e o controle dessas empresas, incluindo critérios para licitações, celebração de contratos administrativos, nomeação de diretores e presidentes e membros dos conselhos de administração.

A legislação foi criada em 2016 em meio a investigações sobre o uso político de empresas estatais, como a Petrobras, na operação Lava Jato. A lei foi promulgada com o objetivo de restringir a interferência política na gestão das companhias.

Disponível originalmente no site da Gazeta do Povo. Publicado na CompliancePME em 8 de janeiro de 2025