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Os termos “tolerância” e “apetite a riscos” são frequentemente confundidos como sinônimos, mas é crucial reconhecer que eles não significam a mesma coisa.

O que é Tolerância ao Risco?

Tolerância ao risco refere-se à capacidade de uma organização lidar com os impactos que surgem após a concretização de um risco, é a capacidade de suportar as oscilações dos seus investimentos sem entrar em pânico ou tomar decisões precipitadas. Representa a resiliência da organização e sua capacidade de suportar os efeitos adversos decorrentes de um evento de risco. É uma medida mais objetiva e pode ser avaliada com base em fatores como a capacidade de absorver perdas, o horizonte de tempo do investimento e as metas de longo prazo.

Compreendendo o Apetite a Riscos

Apetite a riscos é a predisposição ou propensão dos líderes empresariais em assumir determinado risco em busca de alcançar objetivos específicos. Este conceito não está relacionado à capacidade de suportar o risco, mas sim à disposição de aceitar a possibilidade de perdas em trocas de potenciais ganhos. É a capacidade de enfrentar as consequências após a materialização do risco. É uma medida subjetiva e pode variar de acordo com diferentes fatores, como a personalidade, objetivos e horizonte temporal

Importância da Coerência entre Apetite e Tolerância a Riscos

É fundamental entender que o desafio não reside em ter um apetite a riscos elevado ou uma tolerância alta, mas sim no alinhamento entre a disposição para assumir riscos (apetite) e a capacidade da organização de suportar esses riscos (tolerância).

Riscos Desbalanceados (Apetite Alto, Tolerância Baixa): Fique Alerta

É necessário estar atento, quando há um cenário de descompasso entre apetite e tolerância ao risco. Considere uma empresa com um apetite a riscos elevado, cujos líderes estão dispostos a correr grandes riscos, mas que, ao mesmo tempo, possui uma baixa tolerância a riscos, ou seja, não consegue suportar os impactos decorrentes desses riscos.

Este é o cenário mais que desafiador, é preciso estar com um alerta piscando, brilhando, e gritando. Mesmo com medidas mitigadoras, uma empresa incapaz de lidar com as consequências dos grandes riscos assumidos que eventualmente foram disparados por eventos adversos., , não tem a capacidade de enfrentar adequadamente os riscos que surgem.

Equilíbrio é a palavra-chave

Ao compreender a distinção entre tolerância e apetite a riscos e manter um equilíbrio entre esses dois conceitos , as organizações podem fortalecer sua capacidade de gerenciamento de riscos e melhorar sua resiliência em face de desafios empresariais.