Isso acontece porque a relação entre empresas com seus stakeholdersPessoas ou grupos de pessoas com algum grau de envolvimento ou interesse em uma organização ou entidade, tais como empregados, clientes, fornecedores ou cidadãos que podem ser afetados por determinada... (uma rede de pessoas e grupos ligados à empresa, tanto interna quanto externa) – sejam eles clientes, fornecedores, agentes, alianças, prestadores de serviços, sociedade civil, parceiros, funcionários, imprensa, etc. – tem se tornado, cada vez mais, essencial para os negócios. Principalmente no que diz respeito ao diferencial competitivo.
Esses relacionamentos são cruciais para manter a vida útil da empresa, mas, é preciso ter cautela e se prevenir, pois todo benefício também vem acompanhado de riscos. Por isso, o monitoramento de terceiros é a ferramenta ideal para ajudar as companhias na identificação dos riscos e ameaças que podem prejudicar os negócios.
Geralmente, essa fiscalização de terceiros acontece dentro da estrutura de complianceSubstantivo advindo do verbo to comply (agir de acordo, cumprir, obedecer). Estado de estar de acordo com as diretrizes ou especificações estabelecidas pela lei ou regras, políticas e procedimentos de..., onde é feita a coleta, a organização e o tratamento dos dados para detectar os possíveis riscos como fraudes, perda financeira, dano à imagem reputacional, conflitos de interesse, o não cumprimento legal e regulatório, entre outros.
Esse monitoramento dos dados das ações e dos comportamentos dos stakeholders precisam ser constantes e estar alinhados aos objetivos e metas do negócio, para evitar falhas e, talvez, identificar oportunidades.
Mas essa tarefa não é fácil, já que estamos vivendo uma era onde a quantidade de dados gerada é enorme e há informações por todos os lados. Então, saiba como usá-la a seu favor.
Mapeamento de riscos: a primeira ação a ser feita é entender quais dados são importantes e mapeá-los. Além de evitar gastos desnecessários de tempo e de dinheiro analisando dados que não são pertinentes aos objetivos da empresa, a padronização e a análise correta ajuda a instituição a ser mais ágil e eficiente. Lembrando que o objetivo é identificar vulnerabilidades que podem afetar as operações do seu negócio.
Apetite e capacidade de riscoQuantificação e qualificação da incerteza, tanto no que diz respeito a perdas quanto aos ganhos, com relação aos acontecimentos planejados. É um desvio em relação ao esperado. É uma incerteza...: qual o nível tolerância ao risco que a empresa tem? Nesta etapa, é preciso entender qual tipo de risco a empresa pode lidar e o seu nível de impacto. Ao identificá-lo, acompanhe as notícias, imagine cenários hipotéticos, analise probabilidades e isso pode fazer a diferença em seu monitoramento.
Coleta e análise das informações/dados: como já mencionado, hoje temos informações espalhadas em todos os lados e em diversas fontes e canais. O problema disso é que cada uma segue o seu padrão próprio, por isso, o desafio nesta etapa é o tratamento desses dados, que devem acontecer, inclusive, em tempo real – para o caso de ser alterado. Para unir tudo em um único lugar e gerar padronização, existem algumas tecnologias como Big Data e Inteligência Artificial, que ajudam a automatizar o processo inicial de coleta, limpeza, organização, disposição das informações e ainda incluir alarmes para a detecção dos riscos.
A monitoria de terceiros pode parecer complicada ao princípio, mas, quando integrada às ações cotidianas da empresa, ajudarão a evitar prejuízos que poderiam ser previstos.
Publicada originalmente no site infocredi360.com.br